A internet revolucionou as
comunicações! Já virou lugar-comum reafirmar esta verdade ABSOLUTA e inconteste.
Dizer que a tal interconexão dos computadores do mundo, virou a cabeça de todos
os habitantes deste velho Planeta Terra, transformando a maneira de se manter
informado, trabalhar, se divertir,
ganhar ou perder dinheiro e até de se relacionar ( quando digo “se relacionar”
digo em todos os níveis, até mesmo nos mais profundos), já é algo velho pois já
se vai vinte anos que rede mundial deixou de ter uso militar exclusivo das
forças armadas americanas e passou a ter
uso civil e sem nacionalidades.
A internet democratizou e quando
muito barateou o acesso à informação, tornando-a mais próxima do homem/mulher
comum da rua. O que antes era caro, hoje está franqueado a todos, pega quem
quer!
Se a internet mudou o mundo, as
redes sociais mudaram a internet. Conheço gente que cujo o único motivo para
estar conectado é o Facebook. Eu de minha parte, e para ser completamente
honesto ao meu seleto grupo de leitores, eu admito de público: eu me considero
um viciado no Twitter.
Eu vício no uso do Twitter é
tamanho que “me-aviciei” em construir ideias naqueles famigerados 140
caracteres, o que é obviamente pouco,
muito pouco, não dá para construir nada com 140 caracteres, ou como diria Re
Bordosa (famosa personagem de Angeli), antes de se ‘suicidar’ na tal rede social: “ a vida com
140 caracteres não faz sentido”. E não faz mesmo! Mas fazer o que? Vício é
vício, é como a fé, não se discute, não se questiona, se ou não tem e pronto.
Isto leva a um devaneio futurista.
Se há uns vinte anos atrás o que hoje é tão corriqueiro como a Internet parecia
ficção científica das mais alucinadas, o que nos reservaria o futuro?
Relacionamentos 100% virtuais, casamentos virtuais, sexo virtual, traição virtual,
filhos virtual etc. Epa! Mas isso já existe, quem não já ouviu falar do
SecondLife, site que cria um mundo virtual em que qualquer um pode construir um
avatar e nesse mundo, ou “segunda vida” que é o nome do site traduzido para o
português, e lá assumir uma outra personalidade ( se assim entender) ou fazer
coisas que não poderia, ou deveria fazer
na vida real.
Mas isso não implica sensação
tátil, na interação viva e vívida das relações humanas a moda antiga, quem sabe
isto, não é justamente isso, que o futuro nos reserva? As redes incorporarem
enfim o aspecto material (e porque não dizer ‘carnal’ das relações humana). Só
quando o futuro virar presente.
Hoje vivemos o reino das redes
sociais, e quem sabe o futuro não
retornaremos ao mundo das sensações tácteis, assim como antigamente? Ou a
internet vencerá esta última fronteira das relações humanas interpessoais?
Impossível? Talvez sim, talvez
não. Vamos esperar...