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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Então... Natal (o amor, o perdão e a tolerância)

Sempre gostei muito de Rock’n’Roll, e já hoje, estando na casa dos 30 indo pros 40 anos, sempre procuro ficar por dentro das bandas atuais e que estilos e vertentes desta música estão sendo ouvidas mundo a fora. Mas quando eu era adolescente não me contentava só em ouvir Rock, mas sim adotá-lo quase como “estilo” de vida. Mas mesmo na adolescência, a atitude a postura de certas bandas e grupos me causava sempre estranheza e até um pouco de repulsa.

A banda mineira Sepultura sempre teve uma colocação violentamente anticristã, seja nas capas dos seus discos, seja nas letras de suas músicas. Apologias satânicas, e expressões agressivas a imagem de Jesus são uma constante em suas obras. Mas eles não são os únicos, nem os “head-bangers” são os únicos anticristãos que existem e abundam na mídia mundial. Além da música de Metallica, Slayer, Ozzy Osbourne, tem os livros de Gore Vidal, os filmes de David Frondizi, dentre várias outras manifestações artísticas que têm por mote atacar a imagem, memória e legado de Jesus Cristo, isto só dentre os que no momento estou conseguindo lembrar, sem falar nos que não estou me lembrando.

Mas daí vem a questão. Porque a ideologia cristã, que prega o amor, o perdão e a tolerância, suscita tanta rejeição e até ira no seio de alguns? Tirando o aspecto teológico, e o daqueles que declaradamente optam por louvar outras deidades; se tira a questão do porquê de alguns rejeitarem veementemente uma doutrina religiosa que se lastreia no amor, o perdão e a tolerância, se o que todo mundo deseja e quer pra suas vidas é justamente o amor, o perdão e a tolerância?

O que faz com que multidões ao redor do globo se desencantem com o bem e se encaminhem para o outro lado?

Seria a hipocrisia do Vaticano ou o mau-caratismo de certos grupos evangélicos e pentecostais? Seria a pedofilia sodomita de certos padres? Seria a roubalheira descarada de certos pastores?

Seria o cinismo de pregar uma coisa e fazer outra totalmente diferente? Pois se este for o motivo, então eu não os critico, pelo contrário, eu os apoio.

Mas lembremos que a doutrina cristã e os ensinamentos de Jesus de Nazaré são maiores do que a atitude de alguns dos seus sacerdotes. Jesus em momento algum pregou a hipocrisia, suas palavras sempre foram de amor, o perdão e tolerância.

O que se percebe é que o ensinamento de Jesus foi prescindido pelos milagres, ao longo dos séculos. O que Jesus ensinou (o amor, o perdão e a tolerância) é o que nos faz seres humanos melhores. Darwin nos diz que só os mais aptos e fortes é que sobrevivem na escala evolutiva. Jesus diz os fracos é que terão o reino dos céus. E no mundo tem muito mais fracos bancando o forte, do que fortes que têm ciência da própria fraqueza.

A hipocrisia turba a visão da essência cristã. É muito mais fácil se extasiar diante do milagre da transformação da água em vinho do que dar ouvido a simples frase “se alguém bater na tua face oferece a outra”. A pregação de Jesus é muito mais importante para nós do que o relato dos milagres. A pregação é o que pode fazer com que nós, humanidade, baixemos as armas e abandonemos a guerra, ela é que faz com que sejamos seres melhores na escala evolutiva darwiniana, não o fato de sermos mais fortes e mais aptos, e não o relato de “simples” milagres.

O Natal para muitos é uma celebração triste, pois se comemora o nascimento de um homem que sabe que vai morrer, e morrer de uma forma trágica, porém com a mais nobre das intenções, a salvação da humanidade.

Então é Natal, celebremos o amor, o perdão e a tolerância, não só no dia 25 de Dezembro, mas em cada dia do ano novo que vem ai!