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sábado, 21 de maio de 2011

hoje é dia 21 de Maio de 2011

Hoje é dia 21 de Maio de 2011, e tem um louco acolá, lá nos U.S.A. (sempre famigerados) que disse que essa é a data do fim do mundo, o dia da seguda vinda de Jesus, o dia tão temido julgamento...
Só que nada disso ocorreu ainda...ainda...
bem que poderia, afinal de contas as nuvens estão especialmente negras e o clima anda meio soturno bem característico de fim...mas nada...
a hoora marcada para o fim foi às 18:00, e cá estou a ver o Jornal Nacional...e nada...
a verdade é que todo dia é o dia do fim do mundo...para alguém
todo dia gente morre...todo dia um mundo se acaba...seja de maneira plácida ou violenta...o fim é sempre o mesmo...triste...
Vejo vocês amanhã...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Uma Saga Humana Contada nas Estrelas

Faz tempo que eu queria escrever alguma coisa sobre Star Wars (Guerra nas Estrelas), mas sempre tive receio, afinal de cintas George Lucas não criou só um mundo, criou uma Galáxia inteira (...uma galáxia, muito, muito distante).

A história desenvolvida em duas trilogias separadas por cerca de 20 anos somados de produção, gerou não só um universo fascinante de entretenimento, como também uma das maiores e mais lucrativas franquias do cinema, também pudera, depois dos filmes vieram os livros, os jogos, roupas, brinquedos, tudo dentro de espírito fantásticos de encher os olhos.

Ao contrário de outras franquias famosas do cinema, tais como Narnia, Harry Potter, O Senhor dos Anéis, ou mesmo 007 James Bond, as duas trilogias que compõem a saga Star Wars não vieram da literatura, foi geridas, gestadas e voltadas exclusivamente para a Sétima Arte, o que de certo modo garante que ela explore todos os campos possíveis e todas as técnicas aplicáveis à película.
Para assistir a Star Wars (Guerra nas Estrelas), em primeiro lugar é imprescindível se desconectar da realidade, esqueça as leis da física, esqueça os conceitos de democracia e tirania, explorados à exaustão nos filmes, esqueça as continuidades lógicas, liberte-se de tudo e só “viaje” pela ‘República Galáctica’ e sua luta contra o lado Negro da Força, se você for racionalizar cada aspecto do roteiro, você certamente irá travar e não sentir o prazer de mergulhar naquele espiral endiabrado de sonhos e vertigem, naves explodindo, de seres encantadores, outros assustadores, mundos e de incríveis e sobretudo os surpreendentes, e por vezes arrepiantes duelos com os sabres de luz.

Muito embora a história de Guerra nas Estrelas se passe nessa tal Galáxia distante, todos os seus referenciais são extremamente terráqueos, e não poderia deixar de ser diferente. O próprio George Lucas já admitiu que o duelo Luke Skywalker versus Darth Vader nada mais é do que uma releitura da milenar tragédia grega de Édipo Rei, só que agora com final feliz, pois no fim pai e filho fazem as pazes.

Eu particularmente prefiro a segunda trilogia ao invés da primeira, não só pelos efeitos especiais mais elaborados, mas também pelo fantástico coquetel de referências culturais e cinematográficas que George Lucas usou para construir o cotidiano da sua galáxia imaginária. Quem não vê referências de Blade Runner de Ridley Scott na distopia urbana caótica em Coruscant? Ou acordes subliminares das músicas de Jean-Michel Jarre em Utapu, ou mesmo ecos distante de Apocalypse Now de Francis Ford Coppola em laces e closes da câmera trêmula e “documentarial” nas cenas de batalha de no Episódio II, Ataque dos Clones? Ou resquícios dos “Thanderbolts” no design de certas naves? Poderia escrever laudas e mais laudas pormenorizando cada influência empregada por Lucas na construção da sua Galáxia distante.

Poderia até discutir se ela poderia ter fato existido, ou não, nalguma esquina cósmica do espaço/tempo, e tudo mais. Mas quem se importa, quando se tem imagens fantásticas quanto o pôr dos dois sois do sistema binário de Tatooine, quem não se arrepiou com sorriso no canto do rosto com a inebriante corrida de Pod Racers? E a cinematografia que é tão bem feita que parecesse até que se estava lá presente quando Palpatine/Darth Sidious ludibria e convence Anakin Skywalker das falsas vantagens de passar para o lado negro da força.

Star Wars, as duas trilogias, concretiza a máxima essência da arte, desligar o indivíduo de sua realidade e projetá-lo num mundo diferente, estando neste mundo diferente todos os elementos da sua realidade. E nesse sofisma realidade/ilusão se projeto o ser humano muito além da sua percepção, não numa Galáxia velha e distante do Planeta Terra, mas aqui mesmo.

Star Wars, enfim, é isso, uma bela saga terrena contada de forma sublime nas estrelas.