Rádio CN Agitos - A rádio sem fronteiras!!!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Habeas Corpus aos Passarinhos...



EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DITOS RACIONAIS

Um cidadão, como outro qualquer, brasileiro (graças a Deus), casado (com uma das mais belas mulher), pai (preocupado com os netos que não nasceram ainda), vem, mui respeitosamente perante V.Exas., impetrar o presente Habeas Corpus, em favor de uma Ave, um passarinho, um pássaro, seja um papagaio, um galo-de-campina, um rouxinol ou um periquito, além de inúmeras outras espécies, cujo o único motivo ao aprisionamento é o seu encanto, pelos fatos e razões que passa a expor em seguida, para ao final requerer:
DOS FATOS
O ora paciente é um animal, um ser vivo,  e porquanto o sendo é um ser vivo dotado de sentidos , pode ver, sentir dor, tem a capacidade de distinguir sofrimento e é tão digno de respeito a vida quanto qualquer outro ser vivo (e principalmente um tal de Homo Sapiens).
O paciente foi detido arbitrariamente enquanto exercia seu livre direito ao voo e a plena liberdade garantida por Deus e pela evolução.
Qual o seu crime?
Sua beleza e seu cantar!
Nisto seu canto, antes celebração da vida e da liberdade transforma-se num lamento perene e constante, uma lamúria fruto direto da insanidade humana e toda sua cruel pseudo-racionalidade impingindo um sofrimento injusto e desproporcional a uma pobre criatura, que nada fez e nem desconfia do que pode ter feito para merecer e sofrer tamanho sofrimento.
Esse calvário horrendo não é tão distante, feiras livres, casas de família, ou não, lares, bares e até no intangível mundo imaterial e virtual da Internet...
DO DIREITO
Desde quando tua beleza é e foi motivo do teu sofrimento? Teu canto, expressão máxima sua, é e foi a razão do teu calvário?
Não importa se jaulas, gaiolas de ouro, arame ou latão, até mesmo as mais simplórias de madeira, ou palito de picolé. AEXPRESSÃO MÁXIMA DA LIBERDADE NÃO PODE VOAR.
DO REQUERIMENTO
A)     Libertação imediata de todos os pássaros e de todas as aves aprisionadas para o deleite patético e mesquinho dos imbecis sádicos humanos;
B)      Que os seres humanos deixem ser esta ridícula e patética espécie suicida;
C)      Que os humanos respeitem integralmente as outras formas de vida que comparrtilam este pequeno planeta azul chamado Terra.
Nestes termos,
Pede e espera
Deferimento

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O legado do "Portuga"



Quando os colonizadores  chegaram no novo mundo, lá por volta do Século XVI, o que viram aqui foi uma terra virgem, pura, rica com árvores em abundância, natureza exuberante. Isto significava, também que aos olhos dos brancos europeus esta era uma terra selvagem, bruta, pronta para ser domesticada e explorada. E este era o preço da riqueza que seria tomada, espoliada, e isto era em todas as Américas, do Alaska à Tierra Del Fuego.
Imagino aqui, no nosso caso bem particular, na nossa região, na Capitania onde hoje se encontra o estado do Rio Grande do Norte, naqueles distantes anos de 1500 e alguma coisa, um branquelo português, mandado a força (ou melhor dizendo, ‘jogado’) para a Colônia, se vendo diante deste oceano de matas verdes e absolutamente virgens, e no calor escaldante dos trópicos, longe da “civilização” e dos “confortos” da velha Lisboa. Realmente o que ele via diante de si era puro desafio. O tal “Portuga” imaginário (porém com base real) tinha que lutar para sobreviver, era assim ou morrer. Onças e índios ameaçavam sua existência e esse verde todo tinha que ser vencido.
Séculos se passaram, o “Portuga” enricou, se juntou com três negras que geraram uma prole de criolos que mais tarde ganharam o falso nome de “potiguar” (brasileiros), as onças foram extintas, os índios exterminados tal qual num sangrento, violento e terrível holocausto (cruelmente), e o verde foi vencido definitivamente.
O “Portuga” colonizador incorporou no seu DNA a sanha da destruição, a natureza era sua inimiga, tinha que ser vencida “prumode” viver. E esta sina de aniquilar o último galhinho verde para garantir a própria sobrevivência foi passada de geração em geração.
Estamos no Século XXI, aquecimento global, esgotamento dos recursos naturais, derretimento das calotas polares e consequente aumento do nível dos mares são fatos. Eu disse FATOS incontestes. A humanidade está matando o Planeta e por tabela a si própria. Não adianta pensar em medidas paliativas, o tal Homo Sapiens suga mais do que a velha Gaia pode repor. E nesse quadro apocalíptico, ecologistas de todo mundo buscam conscientizar as pessoas, plantar mais, destruir menos, consumo responsável, energias alternativas. Alguns ecos são ouvidos ante estes clamores, os homens de bem veem que algo pode ser feito para reverter essa destruição toda, contudo, uma coisa nunca muda, por mais informação que se tenha, por evidências que apareçam que a natureza está morrendo ( e nós iremos junto com ela), por mais que se busque preservar a Vida (com “V” maiúsculo), do outro lado, estão lá: a linhagem maldita daquele velho “Portuga”. Seus imbecis descendentes ainda tem a natureza como uma inimiga, o verde como algo a ser vencido, e numa região como esta, sem verde algum, onde o CINZA predomina, e ainda tem asno que se ver como gente que derruba árvore.
Os cajueiros centenários de Lagoa Nova estão sendo simplesmente devastados. As empresas de cerâmicas de Carnauba dos Dantas e Parelhas, ainda usam lenha como combustível, e em muitos casos madeira verde de árvores frutíferas ou nativas de difícil remanejo. Em Currais Novos as poucas plantas que sobram nos canteiros são cortadas pelo tronco pelos motivos mais toscos, estúpidos e absurdos que se possa imaginar: “dá sombra demais”, “cai folha”, “levanta a calçada”, “estraga o calçamento” e outras baboseiras e besteiras mais, uma das imagens mais frequentes ao sair a rua são árvores tombadas, “podagens” exageradas e criminosas, e ninguém faz NADA! E ainda tem idiota que olha para o céu e pergunta por que não vem chuva.
  

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A última fronteira da internet



A internet revolucionou as comunicações! Já virou lugar-comum reafirmar esta verdade ABSOLUTA e inconteste. Dizer que a tal interconexão dos computadores do mundo, virou a cabeça de todos os habitantes deste velho Planeta Terra, transformando a maneira de se manter informado,  trabalhar, se divertir, ganhar ou perder dinheiro e até de se relacionar ( quando digo “se relacionar” digo em todos os níveis, até mesmo nos mais profundos), já é algo velho pois já se vai vinte anos que rede mundial deixou de ter uso militar exclusivo das forças armadas americanas e  passou a ter uso civil e sem nacionalidades.
A internet democratizou e quando muito barateou o acesso à informação, tornando-a mais próxima do homem/mulher comum da rua. O que antes era caro, hoje está franqueado a todos, pega quem quer!
Se a internet mudou o mundo, as redes sociais mudaram a internet. Conheço gente que cujo o único motivo para estar conectado é o Facebook. Eu de minha parte, e para ser completamente honesto ao meu seleto grupo de leitores, eu admito de público: eu me considero um viciado no Twitter.
Eu vício no uso do Twitter é tamanho que “me-aviciei” em construir ideias naqueles famigerados 140 caracteres, o que é obviamente  pouco, muito pouco, não dá para construir nada com 140 caracteres, ou como diria Re Bordosa (famosa personagem de Angeli), antes de se  ‘suicidar’ na tal rede social: “ a vida com 140 caracteres não faz sentido”. E não faz mesmo! Mas fazer o que? Vício é vício, é como a fé, não se discute, não se questiona, se ou não tem e pronto.
Isto leva a um devaneio futurista. Se há uns vinte anos atrás o que hoje é tão corriqueiro como a Internet parecia ficção científica das mais alucinadas, o que nos reservaria o futuro? Relacionamentos 100% virtuais, casamentos virtuais, sexo virtual, traição virtual, filhos virtual etc. Epa! Mas isso já existe, quem não já ouviu falar do SecondLife, site que cria um mundo virtual em que qualquer um pode construir um avatar e nesse mundo, ou “segunda vida” que é o nome do site traduzido para o português, e lá assumir uma outra personalidade ( se assim entender) ou fazer coisas  que não poderia, ou deveria fazer na vida real.
Mas isso não implica sensação tátil, na interação viva e vívida das relações humanas a moda antiga, quem sabe isto, não é justamente isso, que o futuro nos reserva? As redes incorporarem enfim o aspecto material (e porque não dizer ‘carnal’ das relações humana). Só quando o futuro  virar presente.
Hoje vivemos o reino das redes sociais, e  quem sabe o futuro não retornaremos ao mundo das sensações tácteis, assim como antigamente? Ou a internet vencerá esta última fronteira das relações humanas interpessoais?
Impossível? Talvez sim, talvez não. Vamos esperar...

Réquiem para uma árvore morta



Te dei paz
Te dei abrigo
Te dei sombra e água fresca
...e um pouco de ar limpo...

E no que tu me retribuis?
Machados, serras,
Dor, morte
E sofrimento
...lamento...