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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Uma Praga Para os Corruptos

Era uma vez uma cidade brasileira qualquer, de porte médio-grande-pequeno num estado qualquer.

Nesta cidade, numa eleição quaisquer se elegeram prefeito e vereadores, ou deputados e governador, que sem escrúpulo algum metem a mão no dinheiro público, seja diretamente, por desvio ou prevaricação, seja indiretamente, com licitações fajutas, seja por nepotismo, empregando todo tipo de parente e aderente, para não fazer absolutamente nada. E estes gatunos, ratos sujos do dinheiro público acumulam vastos patrimônios em detrimento da pobreza do povo. E isto está acontecendo agora, neste exato momento, não aqui ou alhures, mas em qualquer lugar em que aleatoriamente se apontar o dedo no mapa nacional.

A corrupção, em todas as suas formas e em todos os seus jeitos, é o mais hediondo dos crimes, muito embora não conste por lei na lista dos crimes hediondos. É tirar de quem não tem, é furtar de quem tem, e matar aos poucos, é desmanchar esperanças.

É tirar de quem não tem, pois cada centavo desviado de programas sociais é um sofrimento a mais nas costas de uma população já perenemente sofrida, sem falar que isto pode dar vazão pra certos grupos da Direita detonar e denegrir não só um, mas todo e qualquer programa social, em nome de um questionável superávit primário, deixando no desamparo os mais desvalidos, como sempre.

É furtar de quem tem, pois se eu pago meus impostos em dia, e exijo a nota fiscal nas compras que faço, no mínimo espero que o meu dinheiro vá para pagar um bom médico no pronto-socorro, para me atender se for necessário, que sirva para por um asfalto de qualidade nos buracos das estradas ou que ajude a manter uma escola descente com merenda farta e professores bem remunerados, e NÃO pra um “fulaninho” qualquer metido a besta, e que finge ser agente público, desfile de carro novo, compre mansão ou passei no exterior.

É matar aos poucos crianças que abandonam os estudos e as brincadeiras da infância para poder trabalhar e ajudar a família, e precipitar a morte de idosos que não chegam a ter aposentadorias descentes, após dar uma vida inteira de duro labor, é desmanchar esperanças que o nosso país seja mais próspero e desenvolvido do que ele procura ser.

A nossa sorte, ou redenção, é que o dinheiro amealhado por meio da corrupção é um dinheiro amaldiçoado, pois ele não prospera, não rende frutos nem gera dividendo, não vejo, não reconheço, nem me lembro, nesse momento, de nenhuma grande fortuna construída com base no roubo ao erário, e isto é um castigo para aqueles que crêem que podem enricar pelas custas da desgraça alheia.

Só para citar alguns exemplos, Adhemar de Barros, ex-governador do Estado de São Paulo e autor da célebre frase “... eu roubo, mas faço...”, outrora banqueiro e industrial, hoje sua família ostenta dívidas e sufoco. A Eucatex, empresa da família Maluf (que dispensa comentários), acabou de pedir concordata. As famílias Arruda e Gadelha na Paraíba, os Farias em Alagoas e os Godoy no Ceará antes oligárquicas e todas poderosas, atualmente sumidas numa merecida bruma de esquecimento.

Isto é só para lembrar alguns casos e sem contar as centenas de outros que a gente sabe que existe e nem estão tão distantes.

Àqueles que metem a mão no dinheiro do povo, nosso dinheiro, roga-se uma praga: suas riquezas furtadas e seus status de mentira não são eternos, talvez acabem mais cedo que se imagina, pois foram feitos sobre as lágrimas e o sofrimento de muitos, e não há nada melhor do que um dia após o outro, e o dia, em que vocês serão julgados, se não for pelo voto, vai pela cármica providência divina, chegará.