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sábado, 31 de março de 2012

Breve “viagem” sobre a complexidade das relações familiares

Querer ser escritor não é fácil, como não é fácil o mister de escrever. O escritor no seu ofício não conta com recursos visuais, além das palavras e a imaginação e a recepção do leitor. Um texto não é um quadro, onde a imagem pronta se mostra ao espectador. Um texto não é um filme, em que uma historia ou roteiro sequenciado se expõe a quem assiste. No texto conta-se apenas com as palavras, as descrições feitas por meio de frases e sentenças.

Mas aí é que está o desafio, qualquer um, com mínimo conhecimento linguístico, pode descrever, até com certa precisão, objetos, um carro, uma casa, uma rua, por meio da palavra. Mas como descrever sentimentos, a complicação das relações humanas, o subjetivismo do coração, o amor e ódio por meio do texto escrito.

Um texto não vem acompanhado de um bom ator, ou de uma sequencia de quadros para ajudar a ajudar a sua completa percepção.

Todas as descrições de sentimentos feitas ao logo da história escrita, por mais complexo e completo que possa parecer, parece somente roçar a superfície não indo à profundidade de sua essência.

A complexidade das relações familiares de hoje fica quase impossível de se expressar somente por meio das palavras. Queria eu ter escrito um texto sobre o ser nas relações familiares complicadas e diferentes que resultaram numa série de pessoas únicas que conheci recentemente.

Pessoas boas e do bem, mas que não tiveram uma família feliz, tal qual aquela figurada nos adesivos que hoje viraram moda colocar nos automóveis.

É logico, claro e evidente que o ideal nasça dentro de uma família feliz, mas isto está mais que distante, e mais e mais a tal família feliz está se tornando um mero ideal plasmado em adesivos no porta-malas dos carros.

Pessoas normais, com vidas normais nascidas e criadas na dita família normal.

Por outro lado, não podemos, nem devemos descriminar aqueles que não tiveram sorte ou o privilégio duma família perfeita, sempre.

Pois de famílias imperfeitas vieram grande parte do grupo de pessoas que ajudaram o mundo a se tornar um lugar melhor.

A felicidade pode está na estrada, na busca pelo novo, no encontrar, ou não de novas fronteiras. A felicidade pode está muito além das quatro paredes da casa da família feliz.

E convenhamos, o mundo já está bem farto do trivial e do comum...

Onipresente

Ar, chão

Roupa, pele

Móveis e automóveis

Consciência e cadência

Cotidiano dos meus panos

Poeira

Já foste eu

Já foste os meus

Hoje impregnam

Projetam

Protegem

Meus velhos livros,

Meus discos,

Meus ócios

Minha vida

Minhalma

Tudo em mim

Tudo em si

Tudo enfim...

Meus

quarta-feira, 7 de março de 2012

A redenção da liberdade de imprensa

Quem já assistiu aos clássicos blockbusters hollywoodianos sabe que certos filmes seguem uma cartilha, quase uma regra, o herói costuma apanhar feito um condenado, mas ao final, basta um peteleco e derruba definitivamente o vilão.

Isto é o que basicamente está ocorrendo hoje em dia, em matéria de liberdade, real e efetiva, de expressão. O vilão, na pele dos grande conglomerados midiáticos do mundo todo, deram e deram muito na Liberdade de Expressão, aqui representando o herói, mas ao final do filme, ou seja hoje em dia, veio o tal peteleco ( INTERNET), e por fim vencemos o bandido e o bem triunfa...

Quando a internet surgiu em meados da década de 1990, jamais se imaginou que ela tomaria esta dimensão. Empresas, governos e até mesmo relações interpessoais ganharam uma nova perspectiva a ser explorada. Hoje as empresas tem um contato direto com seus clientes e consumidores através dos serviços de atendimento provindos da rede. Os serviços governamentais estão mais próximos do cidadão, atualmente se pode fazer declaração de imposto de renda, requisitar certidões e até mesmo entrar com processos judiciais direto do computador. Tem até um país na Europa, a Estônia, que tem suas eleições nacionais feitas pela internet, ou seja, lá o cidadão pode votar sem sair de casa, e isso é questão de tempo pra se espalhar pelo mundo e chegar aqui. Nas relações interpessoais é que a coisa ganhou um aspecto grande mesmo. Como seria a vida sem um Twitter, sem um Orkut ou sem um Facebook? Hoje se faz novas amizades, também sem sair do conforto do seu lar.

Em matéria de comunicação a Internet representou o nascer de uma nova mídia, uma nova maneira de se expressar, melhor de tudo, se expressar de uma forma relativamente barata, financeiramente falando, e de alcance quase planetário. E isto foi e é mais que suficiente para matar “de morte” a outrora hegemônica supremacia das grandes companhias de comunicação.

Os blogs, na sua maneira “guerrilheira” de expor a notícia, atualmente é o que dita a pauta dos grandes jornais, por mais que estes neguem , o que sai em Blog geralmente repercute nos periódicos.

Agora um exemplo de uma curva descendente e de uma curva ascendente. A curva descendente: Os Diários Associados, corporação midiática “toda-poderosa” fundada por Assis Chateaubriand, que ditava regras, fazia modas, regia governos, criava leis, destruía e construía reputações do nada, nos últimos 50 anos, teve que, no mês passado, fechar dois dos mais tradicionais jornais impressos do Estado da Paraíba, por pura falta de prestígio destes. Agora, a curva ascendente: O CNAgitos, empresa da minha esposa Fatima Souza, começou como um site de fotos e baladas, hoje é quase uma agência de notícias, com direito a web TV e web Radio, mesmo que não tenha, ainda, o prestígio financeiro devido, ligando, sem as limitações físicas das fronteiras e tudo isto sem dizer “além” a qualquer grupo poderoso conhecido.

Isto tudo significa que, por fim, nesta aurora de Século XXI, o esboço de uma verdadeira liberdade de imprensa.

outro soneto troncho pra urbe natal

Já foste minha Roma
minha Londres vitoriana
minha São Paulo metropolitana....
...e hoje não eis mais nada...

já foste minha vida
minha alegria e tristeza a cada esquina
e porque não dizer
uma New York pequenina

Estranho dizer
esta relação de amor e ódio
não te defendi quando eu devia
não me abrigaste quando te pedia

digamos assim
que estamos quites
você ai, empobrecida, vazia, sem alma
eu aqui te lembrando, idealizando, não querendo voltar...