Rádio CN Agitos - A rádio sem fronteiras!!!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

PSEUDOSONETO DA DESPEDIDA

Eis o fardo dos sonhos não realizados
Eis o escape dos suicidas desencantados
Eis o preço pago do amor não correspondido
Eis a tristeza do poeta por aquele verso perdido
Eis, enfim, o sentimento que não é trocado
que era eterno, mas na verdade passageiro
Eis a expressão que se sente por inteiro
daquele momento jamais realizado

PSEUDOSONETO DA DESPEDIDA

Eis o fardodos sonhos não realizados
Eis o escapedos suicidas desencantados
Eis o preço pagodo amor não correspondido
Eis a tristeza do poetapor aquele verso perdido
Eis, enfim, o sentimento que não é trocado
que era eterno, mas na verdade passageiro
Eis a expressão que se sente por inteiro
daquele momento jamais realizado

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

NUNCA TANTOS PAGARAM TANTO POR TÃO POUCO

“Nunca tantos deram tanto por tão pouco”, a frase dita por Winston Churchill em razão do sofrimento impingido ao povo inglês na cruel e sangrenta Batalha da Inglaterra na II Guerra Mundial, se encaixa perfeitamente nos dias de hoje, agora trocando o verbo “dar” pelo “pagar”.

A atual crise financeira mundial colocou em xeque princípios básicos do capitalismo liberal, mudou conjunturas internacionais e principalmente fez o Ocidente parar para pensar, afinal, aonde se quer ir, com toda aquela busca frenética e sem escrúpulos pelo capital, busca esta que pode prejudicar outrem e, conseqüentemente, a si próprio.

Governos de países de todo o Planeta Terra tiveram que desembolsar milhões para evitar que o sistema bancário global se desmanchasse feito gelo sob o sol quente.

O Estado, antes atacado pelos financistas liberais como o entrave ao Laissez-faire, agora representa o bote salva-vidas nestes mares revoltos que hoje afogam os sonhos de grandeza, cobiça e ganância dos operadores de Wall Street e seus asseclas mundo à fora. Parece até mesmo que é de uma fina ironia, se fosse perceptível a olhos vistos pelos causadores desta crise... Os risonhos e inescrupulosos grandes banqueiros internacionais, gordos e rosados anglo-saxão, fumando charuto cubano falso feito em Miami e se deliciando num bom whisky 30 anos vendo os Estados, por eles mesmos antes atacados, agredidos e ofendido por anos, socorrerem suas finanças, enquanto a sociedade mundial, como um todo se sacrifica e paga o pato nesta história toda.

Há quem diga que o estouro da bolha desta espiral especulativa era uma questão de tempo, quem acompanha o noticiário econômico nos últimos 15 anos pode ver que como num efeito dominó, país a país caia na desgraça econômico, e agora, chegou na última peça do dominó, o “tão” poderoso Estados Unidos, carregando consigo o tal Primeiro Mundo.

Como se chegou nesta situação? Simples, os EEUU sempre foram referência no capitalismo, uma espécie de porto seguro para investimentos. Na força da economia doméstica americana, se creditava que emprestando recursos aos ianques para aquisição da casa própria, ter-se-ia retorno garantido, com juros e correção. E haja financistas do mundo todo investir verdadeiras fortunas no mercado imobiliário americano, no entanto a desastrada e estúpida política direitista do conservador George W. Bush sugou boa parte da poupança interna estadunidense em tudo, menos no interesse da população de seu país, e mais na ocupação do Iraque e Afeganistão, daí sumiu boa parte daquilo a que os financistas esperavam receber e o dinheiro que movia o grosso da economia mundial sumiu. Eu sei que esta é uma explicação simplista de um problema altamente complexo, mas se for trocar em miúdos, no fundo no fundo, é isto mesmo.

Resultado, falta de dinheiro circulando, e quando o existe dinheiro circulando, ele é sem lastro, com isto nações inteiras vão direto para o fundo do abismo, fábricas fecham e empresas vão a falência. Corporações seculares na beira da concordata com pires na mão, marcas comerciais inabaláveis sendo encerradas, demissões em massa, desemprego, desespero, pais de família aflitos sem saber como trazer comida e conforto para casa, e o que antes representava o sonho contente da estabilidade tão presente na pequena burguesia virou o pesadelo da iminência “eminência” miséria!!! Tudo isto para que? Tudo para poder socorrer meia-dúzia de risonhos e inescrupulosos grandes banqueiros internacionais, gordos e rosados anglo-saxão, fumando charuto e se deliciando num bom whisky 30 anos que agora vêem o mundo pegar fogo enquanto tocam uma lira encantada de alienação tal qual Nero diante da Roma em chamas...

A esperança é que se sobressai desta crise é que o Mundo Ocidental reveja seus conceitos, não só numa presença mais forte e incisiva, e, sobretudo necessária, do Estado na economia, principalmente na regulamentação, fiscalização e vigilância nas transações financeiras supranacionais, mas também numa nova filosofia de vida em que as pessoas não priorizem tanto o ganho financeiro, a valorização do dinheiro, em detrimento de valores mais básicos, subjetivos e morais da vida e da existência.