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sábado, 4 de fevereiro de 2017

um janeiro para esquecer




Eita que 2017 começou com a corda toda! E quem pensava que as mazelas do ano passado terminariam no réveillon, esse Janeiro já mostra que o ano “promete”!
Tanta coisa aconteceu, tanto acontecimento que foge até da memória. Vamos ao que se destacou mais: uma rebelião no Presídio de Alcaçuz, no Município de Nísia Floresta, mostra a faceta mais frágil de como a segurança pública é neste Estado. Aquela unidade carcerária, na prática foi privatizada, saiu das mãos do governo e foi para os bandidos (uma autêntica privatização!). Duas facções digladiando pelo controle, e coisa chegou tão próximo do absurdo que aqui de fora dos muros frágeis de Alcaçuz (assentadas numa duna de areia! Pasmem!), já tinha até torcida organizada, que nem time de futebol ou escola de samba. “Você torce pro PCC ou pro Sindicato do RN?”. Exageros a parte, aconteceu de tudo: fugas em massa, mortes estúpidas, violência inimaginadamente brutal, decapitações, mutilações, polícia sitiada, povo assustado, e um governador patético (o tal Robinson “Robiín” Farias) completamente perdido e desnorteado na situação, principalmente por culpa de sua incompetência. Eu só quero ver com que cara esse sujeito vai pedir voto para sua reeleição...
Outra de janeiro-2017 que não poderia passar sem menção. O tal do Trump deu início ao seu mandado (ou como os americanos gostam de falar: “inauguração” de sua gestão). O país mais forte militarmente do mundo está nas mãos de um sujeito racista, misógino, egocêntrico e megalômano. Enquanto Barack Obama representava tudo de bom que a América poderia ser, Trump representa tudo de ruim que a América de fato é. O que consola é saber que, se o Brasil tem um idiota golpista na presidência, o tal Temer, os E.U.A. tem na sua presidência alguém muito pior, em todos os sentidos.
 E como não falar do acidente do avião com Teori Zavascki. Estranhíssimo! Não que eu queira integrar o coro dos formulam teorias da conspiração, afinal acidentes acontecem todos os dias, seja de carro, moto ou avião. Mas é no mínimo para se ficar com uma pulga atrás da orelha, nas vésperas da homologação das mais bombásticas delações, justamente o seu relator vir a óbito de uma forma tão estranha e violenta. E antes que alguém já comece a pensar em botar a culpa no PT, como eu já vi por aí, ressalto que na lista não está o nome de Dilma Rousseff, muito menos o de Luiz Inácio. Por outro lado, está na lista o nome Temer, da cúpula do PMDB, do presidente da Câmara e do Senado, de Aécio Neves, José Serra  e  de meia Brasília inteira.
Por fim, o fato mais triste, o falecimento de Marisa Letícia Lula da Silva. Não só pelo fato em si, nem por eventuais pressões midiáticas que poderiam ter agravado o seu AVC, mas sim por ver vários, inúmeras manifestações, principalmente nas redes sociais, de pessoas que se julgam, se acham “gente de bem”, comemorando sua morte. Como se pode comemorar a morte de alguém? Como se pode ter um sorriso no rosto diante do sofrimento do outro? Isso é a essência pura do mau-caratismo! Só perde para expressão máxima da canalhice, que é uma ‘médica’ vazar para imprensa um prontuário (uma tal de Gabriela Munhoz fez isso), ou pior, um ‘médico’ sugerir um assassinato por meio de um procedimento cirúrgico ( um tal canalha escroto chamado Richam Faissal Ellakkis fez isso).
Por outro lado, eu não deveria ficar tão espantado com isso, afinal o médico brasileiro vê no paciente um cifrão, ao invés de ver uma pessoa que sofre e tem sentimentos.
Tem aqui em Currais Novos um cidadão que, nos tempos que Dilma ainda era presidente, quando me via nas ruas gritava, com raiva e ironia, se dirigindo a mim com algo tipo: “o Brasil vai bem com esse socialismo...”, ou “o mar de lama desse governo...” ou algo que o valha. Eu, constrangido, silenciava, afinal eu não iria sair gritando debate político no meio da rua. Pois bem, eu já vi esse cidadão várias na rua, depois do “impitiman tabajara”, e confesso que tenho vontade de retrucar em voz alta: “o Brasil vai bem com esse neoliberalismo...”, ou “o mar de lama desse governo...” ou algo que o valha. Mas eu preferiria me silenciar, afinal ele não tem culpa, pois ele, assim como a maior parte da opinião pública que vociferou ódio ao governo anterior e silencia no governo atual, ele usa como fonte de informação a Globo e suas empresas. As Organizações Globo são a excrescência máxima do jornalismo, tudo que o jornalismo tem de pior (ou seria jornalixo), e para completar o seu desserviço à nação, agora joga brasileiro contra brasileiro.