Há quatro
anos, a vitória de Barack Obama representou um marco histórico sem precedentes
na história a grande potência do hemisfério norte, chamada Estados Unidos da
América. Além da inevitável quebra de silogismo de ver um homem NEGRO na Casa
BRANCA, representou uma quinada nos paradigmas políticos, principalmente numa
nação em que alguns de seus estados, até bem pouco tempo, nos anos 1950’s, era
crime uma pessoa de cor usar o banheiro, ou ir a um restaurante, ou mesmo andar
de ônibus que eram reservados aos ditos brancos.
A confirmação
da vitória de Obama para um segundo mandado, no dia 07 de novembro de 2012, já
não trazia mais o ar de novidade, ou mudança, muito embora o direitista
conservador (e Mórmon) Mitt Romney, com toda a sua herança cultural branca e anglo-saxã, chegasse a representar,
em alguns momentos, uma ameaça, que por sinal não chegou a se concretizar.
A verdade é
que Obama representou muito mais que uma mudança. Os E. U.A. e mais notadamente
uma boa maioria do povo americano chegou a uma conclusão: os Estados Unidos da
América muda, ou se acaba enquanto potência.
O mundo não
estava mais disposto a aceitar, pacificamente, o julgo de mais uma potência branca. Hollywood há muito perdeu o seu poder
de hipnotizar plateias, a liberdade vazia não é mais capaz de responder aos
graves problemas sociais que o mundo sofre e o Deus pregado e apregoado pelos
pastores e missionários do Kansas ou de Idaho
não mais atente as orações dos famitos de Ruanda ou de Burundi. Em suma,
os brancos mandaram e desmandaram por anos, chegou a vez de um mulato corrigir,
ou pelo menos tentar, endireitar o rumo das coisas.
A América de
Obama é outra, é uma América humana, mestiça, com um certo verniz socialista,
mais próxima de nós, mais próxima dos brasileiro, e do então chamado terceiro
mundo, mais próxima do que deveríamos ser. Mostra que pra ser potência não
precisa de sangue branco anglo-saxão, não precisa da eficiência industrial de Ford,
nem inventividade Von Branu, ou da dinheirama desenfreada de Rockfeller ou
Goldman Sachs, precisa ser só, e tão-somente só, ser humana. Eu a vejo na
música de Bruno Mars e na “Soul Sister” do Train. Eu a vejo em Halle Berry
(mestiça de branco com negro) e até em Sandra Bullock e Johnny Depp (mestiços
de índio americano com branco).
O mundo mudou.
O mundo não aceita mais colônias e metrópoles brancas. Os Estados Unidos da
América perceberam isto e, para manter sua hegemonia, mudou também.
Parabéns Mr.
Obama.