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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um burgo num mundo paralelo

Eis que surge dum vasto planalto
Num mundo paralelo
Um burgo espalhado
Numa grande campina
Campina Grande

Reencontrar Campina Grande
É como encontrar uma amante que não nos quer,
Um misto de flerte relutante com desejos irrealizados.

Reencontrar Campina Grande
É rever suas ruas de infâncias perdidas, adolescências eternas
Velhices etéreas, vidas pedidas
E um pouco mais de quase nada

Reencontrar Campina Grande
É mesmo se achar,
Rimas sem métrica
Versos sem ritmo
Águas espraiadas
Bueiros abertos
N’alguma esquina deserta
Dum recanto qualquer da memória

Reencontrar Campina Grande
De veias, mentes, sorrisos (amarelos) abertos
Como sempre
É vendo a cada momento em cada movimento
Não se importando onde se estar
Em seus açudes urbanos, praças, avenidas
Repletas de redemoinhos de pura alma no éter

Reencontrar Campina Grande
E dizer-lhe mais um choroso adeus,
Desculpa-me cidade antiga
Esse reencontro parece despedida
Perdoa-me se não fui um bom cidadão para contigo
O que me consola (ou aflige) é que te trago comigo
Pra onde quer que eu vá